O Dia da Internet Segura é uma iniciativa anual com o objetivo de conscientizar usuários e instituições sobre a importância do uso seguro, ético e responsável da Internet. A data é comemorada nesta terça-feira (11), e mobiliza mais de 140 países em prol da segurança online.

No Brasil, por exemplo, uma pesquisa conduzida pelo Google com pais e professores em celebração ao dia revelou que 91% dos docentes precisam de mais recursos para ensinar sobre cibersegurança de maneira eficaz às crianças, que se conectam a partir dos dez anos, em média, à web.

Segundo o levantamento do buscador, entre as principais preocupações dos entrevistados estão privacidade, prevenir o cyberbullying, evitar conteúdo impróprio, compartilhar informações com cuidado e evitar golpes. Uma conduta imprudente online pode expor crianças e adolescentes ao contato com estranhos mal intencionados, mas não são só os menores de idade que estão sujeitos a riscos. Adultos são, com frequência, vítimas de golpes como phishing, vazamento de dados e sextorsão. Confira a seguir o que você nunca deve fazer Internet para se manter seguro.

1. Não clique em e-mails suspeitos

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O e-mail é uma forte fonte de ataque de cibercriminosos e um dos principais canais para a prática de phishing. É importante ter cuidado com mensagens que parecem ser do seu banco e solicitam troca de senha, alertam sobre tentativas de fraude à conta ou oferecem algum seguro de graça, por exemplo.

Para checar a veracidade do e-mail, confira o endereço do remetente e veja se a comunicação contém anexos com a extensão .exe. Se sim, é muito provável que esses arquivos carreguem vírus ou spyware. Não abra e apague a mensagem imediatamente. Vale lembrar que instituições governamentais, a polícia e o Poder Judiciário também são usados por criminosos nesse tipo de golpe.

2. Não concorde com os termos de uso das lojas virtuais sem lê-los antes

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Se você já se cadastrou em um site de e-commerce, provavelmente pulou a leitura de um texto longo, exibido em letras pequenas, e marcou direto a opção “Eu concordo com os termos e condições de uso”. Embora comum entre os usuários da Internet, essa prática é prejudicial à segurança. Isso porque esse documento funciona como um contrato entre o comprador e a loja virtual e é indispensável para a segurança do negócio.

Os termos de uso tratam de questões como a incidência ou não de frete, juros e impostos; tempo de entrega dos produtos e possíveis procedimentos de estorno e programa de descontos. Nessa parte, é preciso prestar atenção se o texto esconde cláusulas que ferem o Código de Defesa do Consumidor. Já na Política de Privacidade, a empresa demonstra como cuidará e lidará com as informações privadas cadastradas pelos clientes em seu banco de dados. É importante saber, por exemplo, por quanto tempo esses dados serão armazenados na memória da loja e se serão ou não compartilhados com outras empresas.

3. Não poste fotografias ou vídeos sem autorização das pessoas envolvidas

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Respeitar a privacidade alheia é uma atitude especialmente necessária no ambiente online. Caso deseje postar uma foto em que aparecem outras pessoas, certifique-se de que elas estão de acordo com a publicação. Se o registro envolve uma criança ou adolescente, a autorização deve ser pedida aos responsáveis. No ambiente escolar, jamais poste fotos ou vídeos dos alunos na Internet.

Vale lembrar que redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram oferecem a opção de desativar a marcação automática de fotos, prevenindo a associação do perfil a fotos constrangedoras e indesejadas.

4. Não pratique violência online e denuncie cyberbullying

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Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para ofender, intimidar ou hostilizar alguém. Mais comum entre crianças e adolescentes, a atitude pode ser punida pela Legislação Brasileira se for interpretada como crime contra a honra praticado em meio virtual.

Uma das formas de coibir o cyberbullying é por meio da denúncia. Para isso, é importante não apenas copiar o link da postagem abusiva, já que ela pode ser deletada posteriormente, mas tirar prints do perfil do agressor e também dos comentários e encaminhar às autoridades responsáveis. Uma outra opção é denunciar a publicação na própria rede social. Além disso, também é possível denunciar práticas criminosas que ocorrem offline por meio de ouvidorias estaduais ou do site do Ministério Público, como no caso dos maus-tratos a animais.

5. Não deixe crianças usarem o PC sem controle parental

Embora a atual geração de crianças e adolescentes carregue o título de “nativos digitais”, a supervisão dos pais ainda é indispensável para garantir uma navegação segura. Nesse sentido, ferramentas de controle parental, como o SafeSearch, do Google, ajudam os responsáveis a proteger a privacidade dos filhos. O Instagram, rede social que conta com um grande número de usuários adolescentes, tem um guia com as principais ferramentas de segurança do aplicativo para dar suporte aos pais.

6. Não acesse sites fora da sua classificação etária

Ao contrário de filmes, séries e jogos, que possuem uma faixa etária recomendada, a Internet não apresenta classificação indicativa para todos os sites. O Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão já debateram a respeito da implementação de um sistema de classificações etárias na web, mas, até então não existe nenhuma lei nesse sentido.

Principal alvo da polêmica, alguns youtubers têm adotado um sistema de recomendações de conteúdo de acordo com a faixa etária em seus canais. Redes sociais, no entanto, possuem uma idade mínima para uso — a do Instagram, por exemplo, é de 13 anos —, que deve ser respeitada. Essa informação pode ser encontrada nas Diretrizes de Comunidades das plataformas.

7. Não use senhas fracas

Criar uma senha forte o suficiente para ação de invasores não tem nada a ver com criatividade, e sim com estratégia. Utilize números aleatórios e caracteres especiais, e evite o uso de palavras muito comuns ou de sequências numéricas (1234, por exemplo). Além disso, é importante adotar uma senha diferente para cada conta de e-mail, e-commerce e rede social que você visita regularmente. Outra dica é tentar elaborar códigos que tenham o mínimo de oito caracteres.

Se o site ou aplicativo oferecer a opção, inclua a verificação em duas etapas no cadastro. A funcionalidade tem o objetivo de dificultar acessos indevidos: quando o usuário digita a senha, o serviço em questão envia automaticamente um PIN ou algum outro código para confirmar a identidade.

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