A telemedicina é um recurso tecnológico que possibilita serviços à distância para o cuidado com a saúde. Promove a assistência médica online a pacientes, clínicas, hospitais e profissionais da área por meio de modernas tecnologias digitais. Este intercâmbio de informações acontece através da internet, em plataformas online para acesso pelo computador, celular ou tablet, que agregam qualidade e velocidade na troca de conhecimentos, propiciando mais agilidade e precisão nas tomadas de decisões dos médicos.
É um importante suporte para a medicina tradicional muito utilizado nos Estados Unidos, Canadá e Países da Europa. Surgiu na década de 1950 em Israel e de lá pra cá mudou muito. Com a evolução do conhecimento científico e o aprimoramento dos recursos tecnológicos, pôde levar a locais distantes o apoio de profissionais qualificados, de forma rápida, descomplicada e eficiente. A telemedicina, uma das vertentes da telessaúde, tem o grande potencial de melhorar o atendimento em saúde no país.
O Alteplase é um medicamento que ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos e pode ser utilizado também em casos de infarto. Além de reduzir as sequelas de um AVC isquêmico, também ajuda a diminuir o número de mortes, pois muitos óbitos acontecem por problemas que se instalam em decorrência da fragilidade do organismo após o acidente vascular cerebral. Só pode ser usado se a aplicação for feita até 4h e 30 minutos após o AVC isquêmico, ou seja, aquele que falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria. Por isso a importância de um diagnóstico rápido.
Visando melhor qualidade nos serviços prestados à população, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste Para Gerenciamento Dos Serviços de Urgência e Emergência (CIS-URG Oeste), implanta, a partir desta quarta-feira, dia 15 de maio de 2019, o serviço de telemedicina e a disponibilização do medicamento em portas de referência na Região Ampliada Oeste para casos de AVC.
Com esse novo sistema os médicos da regulação do SAMU Oeste terão apoio no diagnóstico, uma segunda opinião médica, que vai ajudar na decisão da melhor conduta no tratamento daquele paciente com sintomas de AVC atendido pelas equipes, ganhando tempo no encaminhamento a um local melhor adequado.
A empresa responsável pela prestação deste serviço de telemedicina é a L2D, com sede em Santa Catarina. Foi a vencedora da licitação, modelo pregão presencial, realizada dia 25 de abril de 2019, na sede do CIS-URG Oeste. Está no mercado desde 2016 e oferece tecnologias que melhoram a vida das pessoas, ajudam instituições hospitalares e sistemas de saúde se tornarem mais eficientes, seguros e fomentando um ambiente científico, não importando a localização da instituição.
A compra, distribuição e controle de uso do medicamento Alteplase será feito pelo CIS-URG.
“O AVC está como a principal causa de mortes no Brasil e no mundo. Temos a expectativa que com a consultoria dos neurologistas através desse sistema de telemedicina e a disponibilização do medicamento Alteplase, sejam oportunidades de reduzir sequelas e salvar mais vidas!”, conta José Márcio Zanardi, o secretário executivo do CIS-URG Oeste.
O Diretor Técnico, Marco Aurélio Lobão, explica sobre a utilização do Alteplase: “O nosso pensamento foi que todas as portas que são referências na Macrorregião Oeste, com tempo resposta máximo de 40 minutos, disponibilizassem esse medicamento. Houve uma reunião da câmara técnica do comitê gestor, que fez a avaliação desse procedimento, e a partir daí foi feita a distribuição do medicamento conforme as demandas e o tempo resposta mais adequado. Vão recebê-lo cidades que têm Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) e Salas Vermelhas de nível I, II e III. Será aberta uma exceção para Bambuí, que é nível IV, por ser considerado um vazio assistencial devido a estar um pouco mais distante.”
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