Nesta quarta-feira, dia 23 de setembro de 2020, completaram-se exatos 06 anos da morte de um grande amigo.

Nelson Morais era um companheiro, um amigo... um sonhador, ou melhor um aprendiz de sonhador, que via sempre beleza em tudo... e a registrava em fotos.

De um galho caído até uma ave alimentando os filhotes... de um bambuzal e uma estrada poeirenta, de uma indústria em expansão até a pedreira no Corumbá...

Falar do ‘Foca’ é relembrar a história da política arcoense, da literatura, da cultura e do meio ambiente.

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De seus três cadernos publicados... saíram...

Caderno 01 – Turismo e Meio Ambiente;

Caderno 02 – Política e economia municipal;

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Caderno 03 – Histórias reais....

Que falta fazem nossas conversas!

Nossos debates acalorados e sempre gentis, regados a um bom vinho, ou mesmo uma dose de Johnnie Walker.

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‘Experimente esse vinho. É Chileno, Cabernet Sauvignon... comprei no ABC...’

Ronaldo.... vejo com preocupação a questão ambiental em Arcos... estão engolindo nossas nascentes... o bosque das aroeiras...’

‘Devo ir pescar semana que vem... quero pegar umas corvinas.... vou levar lambaris... Vamos?’

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Nelson... e a questão da política...

‘Vejo com preocupação... tem muita coisa errada e ninguém põe a cara para bater... Vou candidatar.... Mais antes vou a São Paulo... preciso repor mercadorias... depois a gente vê isso...”

Nelson escrevia bem, pois escrevia com o coração e com a razão de quem vivia a vida, era autor de sua história, protagonista de seus sonhos.

Nelson faz falta!

Muita falta!

Aquele sorriso de menino, uma voz meio ‘arrouqueada’ pelo cigarro...

Essa história merece um conto e uma fotografia....o filme acabou...

O bosque foi derrubado...

O parque do Sion ainda não saiu do papel...

O São Francisco tem poucas Corvinas... quase não se pega mais...

A loja, que precisava ser abastecida...não existe mais...

O jornal Estado de Minas milimetricamente dobrado, atualmente é raridade aqui em Arcos...

E o ligeiro incômodo se fez um mal...

E o ‘Foca’ se foi para sempre... ‘’Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.’’

Quantas saudades....

Nelson – o Foca... sempre presente em nossas lembranças...

Quem o conheceu, jamais esquecerá seu humor... sua sensatez e honestidade na fala.