Nuvens de miasmas cobrem a terra. Os deuses pedem o sacrifício dos idosos e os astros estão se enfileirando.

Será que para vê-los, precisamos de óculos, microscópios, telescópios, conexões espirituais, bruxas ou o quê?

Criaram os testes rápidos, de tão rápidos que parecem inúteis.

Nem os religiosos ousam explicar, estão todos de máscaras com medo do invisível.    

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Os miasmas estão nos ares do Brasil. Eles estão nos ares de Arcos.

Nas festas de fim de ano, não beijei, não bebi, não fumei, fiquei em casa.

Nos feriados, ao caminhar pelas vazias ruas da cidade, de repente me vi cercado pela vigilância sanitária, me alertando dos perigos que corria, pois o vírus estava se alastrando.

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As descabidas festas na zona rural fizeram com que o vírus retornasse para a zona urbana, onde os precavidos ficaram em casa. De nada adiantou para quem se resguardou.

O vírus já faz parte dos eloquentes números, nasceu no século XXI, matou e contaminou milhões, serão vacinados bilhões de habitantes, nada nunca visto.

                                                               

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As ciências evoluíram, principalmente as biológicas. No entanto, parece que a nuvem de miasmas, vinda da China, deixa os cientistas parecerem secundaristas na era da informática.

Estamos praticamente de joelhos esperando pela vacina.

Segundo Luiz Carlos de Souza Ferreira, diretor do Instituto de Biociências da USP, o Brasil não se preparou adequadamente apesar de termos duas empresas públicas fabricantes de vacina. Temos vacinas, mas não temos seringas. Ora, tal situação se assemelha a comer peru no pires.

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Nada será como antes, ou será?

O medo já ocupa o subconsciente. Será que vai dar certo? Os líderes das grandes nações dão palpites e batem cabeças, como se fossem torcedores de alguma partida de jogo.

Dizem que na Inglaterra o vírus trocou de roupa para não ser reconhecido e no Japão mudou o formato. Vejam como ele tem resiliência e parece querer tirar a sequência natural da vida.

Vamos cavar trincheiras e levantar barricadas, ou, já era.