Três homens e duas mulheres foram abordados e presos no fim da manhã desta quarta (23), no bairro Distrito Industrial 1, em Arcos, após a Polícia Militar constatar várias ilegalidades praticadas por eles. Todos são residentes em Franca, estado de São Paulo, e circulavam em um carro pelos bairros da cidade oferecendo doces à população e portando folhetos contendo a imagem de uma criança que, supostamente, possui problemas de saúde e é portadora de necessidades especiais.
A prisão ocorreu após os militares encontrarem, na bolsa de dois deles, cigarros de maconha e um objeto usado para triturar drogas, com resquícios da substância entorpecente. Também foi observado que os produtos perecíveis comercializados pelo grupo – canudos contendo doce de leite – estavam em total desacordo com as medidas sanitárias, sem qualquer rótulo de identificação e sem possuírem data de validade, fato que motivou o acionamento de fiscais da Vigilância Sanitária.
Questionado sobre o uso da imagem da criança para a venda dos produtos, um dos autores afirmou tratar-se de uma campanha para ajudá-la no seu tratamento e que é ex-funcionário de uma empresa de doces em Franca, da qual havia vários documentos no veículo.
Os militares fizeram feito contato com um dos sócios da empresa naquela cidade e ele negou a existência de qualquer tipo de campanha com essa finalidade específica. Disse ainda que o cidadão, de fato, já trabalhou na fábrica de doces, porém teve seu contrato encerrado há cerca de três meses, ficando, desde então, com alguns documentos da empresa que deveriam ter sido entregues na ocasião.
Pelo porte de drogas, pela provável fraude e pelas infrações sanitárias, os cinco envolvidos – com idade entre 21 e 35 anos - foram conduzidos à delegacia, bem como o material apreendido: dois cigarros de maconha e um ‘dichavador’ (objeto usado para trituração de drogas).
O automóvel foi removido ao pátio do socorro credenciado e os produtos perecíveis – bandejas contendo canudos recheados com doce de leite – repassados aos fiscais sanitários para descarte.
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