Estamos há 3 dias do Natal e esse tempo sempre traz consigo sentimentos de esperança e de renovação. E esse texto começa com uma história que, eu acredito, tem tudo a ver com o momento que estamos vivendo:
“A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie, vive cerca de 70 anos. porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.
Aos 40 anos de idade, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo se curva, suas asas tornam-se pesadas em função da grossura de suas penas que estão envelhecidas pelo tempo.
Já se passaram 40 anos do dia em que a jovem águia lançou voo pela primeira vez. Hoje, para a experiente águia, voar já é bem difícil! Nessa situação a águia só tem duas alternativas: Deixar-se morrer…ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá se recolher em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um local Seguro de outros predadores e de onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno. Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o seu bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Pacientemente, espera o nascer de um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas. Após cinco meses, a águia renasce e sai para o famoso voo de renovação, certa da vitória e de estar preparada para viver, então, por mais 30 anos.”
Por que que eu disse que essa história tem tudo a ver com o momento que nós estamos vivendo? Infelizmente, passamos por quase dois anos de muitas dificuldades advindas da pandemia, nos campos de saúde pública, financeira e até de ordem emocional e espiritual. E não ficou por aí, estamos vivendo em um mundo absolutamente “VUCA” - que é volátil, incerto, complexo e ambíguo, de profundas transformações: no modelo das hierarquias das empresas, nas disrupções tecnológicas, no jeito de compartilhar espaços e negócios.
Há um novo conceito se instalando e não adianta ficar por aí cantando a música: “Eu nasci assim... vou morrer assim...” quem insistir na síndrome de “Gabriela” realmente vai morrer para as novas realidades do mercado.
Eu sei que dói, também estou me adaptando a essa nova realidade, de aprender algo novo todos os dias. Sem exceção, todos os dias me vejo diante da necessidade de desaprender algo e reaprender algo novo, me desafiando a renovar meus conhecimentos, minha bagagem técnica e humana.
No meu entendimento isso é viver o ciclo da renovação e, para mim, no mundo de hoje, isso não é mais uma escolha, mas um pré-requisito de sobrevivência. Agora, eu não estou aqui dizendo que a sua história, seus aprendizados, suas conquistas, seus valores não são importantes. Longe disso!!
Todos nós precisamos honrar a nossa história porque foi ela que nos trouxe até aqui, nossos valores de honestidade, respeito, amor... são eternos! Levamos por toda a vida, mas como acontece com a águia, todos nós precisamos renovar nossa bagagem na estrada da vida, para sermos melhores profissionais, pais, filhos, melhores como Seres Humanos.
Mas para que isso aconteça, nós precisamos ser mais flexíveis e dispostos a aprender o novo, sem preconceito, sem prejulgamentos. Honre suas experiências, suas lembranças, mas se abra ao novo para que você, de fato, seja um profissional, um Ser Humano capaz de voar alto, de viver uma vida que vale a pena ser vivida e de ser muito feliz!
Que nesse Natal, o Menino Jesus renasça trazendo muitas bençãos para sua vida, seus negócios e de toda sua família.
Foi maravilhoso compartilhar e reviver essa história com você. Gratidão por me acompanhar aqui no Arcos Notícias. Temos um encontro marcado toda quarta-feira.
Comente