A fazenda do Estado, localizada na região do Corumbá, teve início com o Estado comprando fazenda do Antônio Manezinho as outras partes foram desapropriadas dos vizinhos atingindo a área de 510 hectares (170 alqueires).

Sua sede construída provavelmente por Joaquim Arantes. A CAMIG empresa estatal explorava o pó calcário tendo na época um moinho francês Dragon, isto em 1969, que apesar de pequena produção supria todo Centro-oeste de Minas.

Tempos depois passou a ser denominada EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas gerais)

O pó calcário era de alta qualidade pois tirado do cume das pedreiras, chegando a ter de 8 a 12% de óxido de magnésio.

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A Fazenda do Estado nesta época era gerida por Ayrard Alves Siqueira. Além do pó calcário tinha uma grande criação de gado gir, no local denominado Quilombo só comparável com os da Fazenda São Miguel de Donato Andrade.

Também teve uma grande produção de mudas de laranjas híbridas, como a mexerica ponkan, laranjas da Bahia e outras mais. A técnica empregada era a seguinte: no caule do cavalo (muda de laranjinha capeta), abre-se uma fenda onde se coloca a borbolha ( germe da futura laranjeira ) e amarrava.

Dai poucos meses tem-se a laranjeira definitiva e produzindo, segundo Edgar Arantes.

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Já Francisco Xavier Lopes (Viele) 88 anos, narrou que o milho híbrido se conseguia "despendoando" quatro fileiras de milho, deixando uma pendoada assim esta fileira pendoada seria o macho que iria fertilizar as fileiras de fêmeas produzindo o milho híbrido de excelente qualidade.

Viele, também me contou um fato que muito traumatizou a todos na época, José Candinho estava furando uma posse (cisterna), quando chegou a 8 metros de profundidade deu na pedra, puseram duas bombas para explodir a pedra, só uma explodiu, quando ele entrou com outro companheiro a outra bomba explodiu mas felizmente sobreviveram com bastantes ferimentos.

Também me contou de coisas alegres como as festas juninas, e do time de futebol que possuía um excelente campo.

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Antônio Washington (Tonho do jogo, ou Ostino) 84 anos, me disse que lá na fazenda eram em torno de 70 funcionários e familiares que residiam em especial em Posse Grande, em mais de 15 casas, mas também no Quilombo, e quando não tinha alojamento dormia-se nas grutas, pois o trabalho era muito, que além do descrito, ainda se produzia embutidos como linguiça defumada, presunto, salame, etc.