Quase todos os dias, em algum lugar do Brasil, um veículo enrosca na rede aérea presa em um poste.
O resultado é quase sempre o mesmo, casas sem energia elétrica, sem telefone, sem internet, postes no chão e outros danos.
Mas o caminhão é culpado por isso?
A resposta depende, pois a rede elétrica e outras fiações presas a postes tem três níveis de altura mínima.
São obrigatórios 5 metros sobre ruas e avenidas, 4,5 metros em locais de tráfego de veículos pequenos, restrito à caminhões, e 6 metros em vias rurais, onde haja tráfego de máquinas agrícolas.
Essas alturas devem ser medidas da parte mais baixa da rede, normalmente no ponto médio entre dois postes, já que os fios fazem uma curva para baixo devido ao próprio peso.
A altura máxima permitida para as carrocerias dos caminhões e suas cargas é de 4,40 metros. Ou seja, mesmo na rede mais baixa, o caminhão deveria passar sem problemas.
Acima dessa altura, os caminhões precisam de um Autorização Especial de Tráfego, ou AET, e por isso não podem rodar em muitos locais.
Quando um veículo passa por baixo de uma rede dessas, com altura da carga dentro da lei, o motorista tem certeza que o veículo vai passar sem problemas.
Porém, se a rede está fora do padrão, o veículo acaba enroscando, e dependendo da quantidade de cabos, pode até derrubar postes. Nesse caso a culpa é exclusivamente da empresa responsável pela rede aérea.
Agora, caso o veículo esteja em um local que não permite tráfego desses veículos, ou com carga acima da altura permitida, a culpa recaí sobre o motorista e a empresa, que deverá arcar com os custos da recuperação da rede.
Recentemente, moradores dos bairros Cidade Nova, Lourdes, São Pedro e parte da região central de Arcos, ficaram um bom tempo sem internet, devido a colisão de um veículo de carga com a fiação, provocando o rompimento de cabos.
Acidentes assim, tem sido frequentes na cidade de Arcos e vem causando prejuízos para consumidores e empresas.
É preciso uma atenção de todos, para evitar que esses danos sejam ainda maiores.
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