Um grupo suspeito de aplicar golpes de clonagem do WhatsApp contra moradores de diversas cidades de Minas Gerais foi alvo da operação "Dublê", na quarta-feira (23). Seis mandados de prisão foram cumpridos no Ceará.
Os crimes de estelionato virtual no WhatsApp eram feitos a partir da clonagem do aplicativo de uma vítima ou colocando uma imagem de um parente ou amigo no perfil e procurando as vítimas para pedir dinheiro.
Com números diferentes, os golpistas alegavam troca de chip e, depois, pediam a transferência de dinheiro para contas de terceiros e, por estarem com fotos de amigos ou familiares, usavam da boa vontade das vítimas para receber o valor.
Entre as cidades de Minas Gerais onde os investigados já aplicaram golpes estão Araguari, Araxá, Ituiutaba, Frutal, Patrocínio, Uberaba, Uberlândia, Poços de Caldas, Nanuque, Lagoa da Prata, Santa Luzia, Belo Horizonte, Vespasiano, Ubá, Ribeirão das Neves, Juiz de Fora, Ipatinga e Três Corações.
Prejuízo milionário
Os mandados cumpridos em Fortaleza (CE) e Maracanaú (CE) foram expedidos pela Vara Criminal de Frutal. Os alvos eram três homens de 26 a 38 anos e três mulheres, de 28 a 45 anos.
O prejuízo somente em Minas Gerais é de aproximadamente R$ 120 mil para as vítimas. Porém, considerando outros estados, os valores podem passar de R$ 1 milhão.
Conforme a Polícia Civil, os criminosos abriram mais de 180 contas bancárias para praticar os golpes. Eles podem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato na modalidade fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Operação Dublê
A ofensiva ganhou esse nome em analogia ao papel que o dublê desempenha. Os alvos da operação faziam a aquisição da imagem da vítima e de um novo número telefônico, assumindo uma falsa identidade, agindo usando os nomes das vítimas para praticar golpes financeiros e solicitar dinheiro de familiares e amigos das vítimas.
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