O reservatório do Lago de Furnas chegou a oito meses em operação com volume acima de 90% da capacidade. Desde o início da medição, o nível mantido por período parecido só havia sido alcançado apenas uma vez, em 2005.
Nesta quinta-feira (14), o Lago de Furnas está com nível de 766,8 metros acima do nível do mar, de acordo com dados da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Ainda de acordo com a ONS, a usina está operando com geração em torno de 600 magawatts, o que corresponde a 49% da capacidade instalada. A usina de Furnas tem capacidade instalada de 1.216 MW.
A maior parte da energia produzida nas Unidades Geradoras Brasileiras é enviada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo disponibilizada a diferentes regiões do país.
A vazão do Lago de Furnas foi reduzida em dezembro de 2021 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico para que a represa atingisse a cota mínima de 762 metros. A decisão funcionou até abril de 2022.
“Basicamente são dois motivos que levaram o mar de Minas estar na cota que está hoje, bem acima da 762, chegando próximo ao período chuvoso. Ou seja, vai encher novamente o reservatório no início das chuvas no final de 2023.
Primeiro, Deus mandou bastante chuva. Mas, em especial, tivemos uma diminuição da vasão. Isso aconteceu por pelo menos dois anos. De 2021 para 2022 e de 2022 para 2023.
Tivemos a limitação da vasão no Lago de Furnas, por meio de uma resolução da Agência Nacional das Águas. Isso fez com que as chuvas que entraram no Lago de Furnas fizessem com que o reservatório aumentasse”, disse o presidente da Associação dos Municípios Banhados pelo Lago de Furnas (Alago), Filipe Carielo.
De dezembro de 2004 até agosto de 2005, Furnas ficou acima de 90%, atingindo 99,01% da capacidade. As comportas em São José da Barra foram abertas em janeiro de 2005.
Agora, o Lago de Furnas superou a marca de 90% em janeiro. E as comportas foram abertas em fevereiro.
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