O estado de Minas Gerais deve declarar estado de emergência em saúde devido à alta de casos de dengue e chikungunya nos últimos dias. A informação foi dada pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (23).
Segundo o secretário, a ação tem como objetivo facilitar para que os municípios possam realizar ações mais rápidas contra a doença, como contratações e compra de insumos.
Bacheretti informou, ainda, que é esperado que o ano de 2024 seja um ano epidêmico em relação à dengue. O pico mais elevado deve ser entre os meses de fevereiro e março. “No ano passado, foram registrados 400 mil casos, este ano será, certamente, muito mais do que isso”, afirmou durante a conversa com jornalistas.
A preocupação da SES é a capacitação de profissionais em relação aos casos graves de dengue e chikungunya. Apesar do Carnaval não influenciar na proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, serão realizadas ações para reforçar o cuidado durante a festa, como o uso de repelente, e campanhas de conscientização.
A região Central de Minas Gerais é a que está em estado mais preocupante, segundo o secretário. Vale do Aço, Oeste e Norte de Minas também estão sob alerta. Conforme Bacheretti, locais com maior população na área urbana tendem a ter mais casos de arboviroses.
Arboviroses em Minas
Os casos de arboviroses dispararam em Minas, principalmente os de dengue e chikungunya. Nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o primeiro óbito em 2024. A vítima é uma mulher de idade entre 70 e 79 anos, que morava em Monte Belo, no Sul de Minas.
Vale do Aço concentra dois terços dos casos de Chikungunya registrados em Minas
Até o último boletim, divulgado nesta segunda (22), o estado havia recebido 32.316 notificações de dengue, desde o dia 1° de janeiro. Desses, 11.490 foram confirmados. Outros 14 óbitos por dengue são investigados por MG. A faixa etária mais atingida pela dengue é entre 20 e 29 anos.
Já em relação à chikungunya, foram notificados 4.353 casos prováveis, sendo 3.067 confirmados. Há um óbito confirmado e dois em investigação.
Quanto à zika, foram notificados dois casos prováveis, mas nenhuma confirmação da doença.
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