Nesta sexta-feira, dia 19 de abril, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas. E pelo menos oito cidades do Centro-Oeste de Minas Gerais são de origem indígena e pertencem à família linguística tupi-guarani.
Segundo o historiador Elizeu Ferreira, muitas línguas contribuíram para o português, mas nenhuma contribuiu tanto quanto o tupi- guarani, pois foi uma língua muito rica, que deixou uma grande herança para nós. Por isso, preservar essas palavras, sabermos de fato os seus significados é como não deixar o passado morrer e valorizá-lo.
Itapecerica - em tupi-guarani significa “penha escorregadia ou penhasco de encosta lisa”;
Itaúna - em tupi-guarani significa "pedra negra" ou "pedra escura";
Tapiraí - em tupi-guarani "tapir-ha'i", que significa "caminho da anta" ou "senda da anta";
Bambuí - em tupi-guarani significa "rio que corre na planície”;
Piumhi- em tupi-guarani o nome significa "rio de muitos peixes” (piu= peixe, i= água/rio);
Pará de Minas - "Pará" vem do tupi-guarani e significa "rio volumoso", em referência ao Rio Pará que passa pela região;
Igaratinga - em tupi-guarani significa "canoa branca" ou "rio das canoas";
Iguatama - em tupi-guarani Yguaterama e Igua-terrama, o que quer dizer “lugar onde o rio se abre em curvas”.
O "Dia dos Povos Indígenas" (e não mais "Dia do Índio"), celebrado nesta sexta-feira, marca a luta dos povos originários pela sobrevivência e resistência diante das violências sofridas desde a colonização do Brasil.
São mais de 300 etnias no país, que falam cerca de 270 línguas.
Historicamente perseguidos, esses povos reivindicam, entre outros pontos, a demarcação de terras para proteção de seus territórios, meio de vida e cultura.
A cidade de Arcos, também tem várias alusões à palavras indígenas, uma delas fica na região onde o Rio São Francisco banha a cidade de Arcos, região conhecida como "Itaoca", ou seja "Casa de Pedra".
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