Ao ler no livro do Professor Júlio R. Costa, "Entre o Prescrito e o Realizado no Grupo Escolar Yolanda Jovino Vaz", o seguinte trecho – "De acordo com o Museu Arqueológico do Carste Alto São Francisco (2015), um outro sítio arqueológico está localizado na margem direita do rio São Miguel, na região conhecida como Morro do Quenta Sol, com 866 metros de altitude e área superior a 350 hectares.
O maciço rochoso está preservado da mineração e do desmatamento; em seu patrimônio territorial, porém, foram identificados vários sítios arqueológicos. Destaca-se o sítio arqueológico Antônio Vitalino, com feições típicas do Carste, como as grutas."
Resolvi então conhecer este importante marco geográfico do nosso município. Pensei: uma grande caminhada começa com o primeiro passo. Comecei a perguntar quem conhecia o local e como chegar lá. Vi, então, que 99% da população não sabe da existência do maior pico da cidade e 99,9% nunca foi lá.
De tanto perguntar, cheguei ao Dirceu de Carvalho Pinto, que se dispôs a me ciceronear nesta jornada de exploração.
Saímos de manhã rumo a Calciolândia, procurando o caminho menos extenso, que seria entrando na Fazenda S. Miguel, mas não tivemos sucesso nesta tentativa. Contudo, o Dirceu, conhecedor da região, sabia de um acesso pelo qual podíamos entrar no local e subir parte de carro, parte a pé.
Depois da subida, algo em torno de um prédio de 40 andares, pude vislumbrar uma vasta região despovoada. Ao fundo, as pedreiras de jazidas de calcário, e ao longe, as cidades de Pains e Iguatama.
Então, pude confirmar que estava num dos mais belos cartões-postais de Arcos. Do alto da serreta ou espigão, pensei: quanta beleza inexplorada, quantas árvores frondosas existem aqui que ninguém nunca viu, que nomes estranhos para mim entraram no meu vocabulário, como Suruê e Cachambá. Quantas atividades esportivas, culturais e que potencial turístico poderiam aqui ser explorados.
Valeu a jornada no nosso Morro do Quenta Sol.
É por isso que "Eu Amo Arcos".
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