Infelizmente, tem sido muito comum, andar pelas ruas da cidade de Arcos e deparar com um molusco rastejante.

Originário da "África" e plenamente adaptado ao clima tropical do Brasil, o Caramujo Africano (Achatina Fulica), se tornou uma verdadeira praga em todo território brasileiro e Arcos não é diferente dessa situação.

Além de nojento o caramujo africano é uma das 136 piores espécies  invasoras do mundo, causando sérios problemas ambientais e de saúde pública.

Essa espécie foi introduzida no Brasil no final dos anos 80, com a finalidade de ser consumido, substituindo o "escargot", desde então se espalhou por todo o país.

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Além do problema estético, o caramujo africano, depois de morto, deixa para trás sua concha, que se torna depósito de água, sendo ambiente propício para outra praga proliferar, o mosquito da dengue que pode fazer a postura de seus ovos no acúmulo de água na concha.

Outro sério problema é a transmissão de parasitos pertencentes ao grupo dos nematoides do gênero "Angiostrongylus", parasitos estes que causam doenças de difícil diagnóstico em humanos.

A pessoa é infectada pelo parasito acidentalmente quando ingere alimentos ou água contaminados com larvas de terceiro estádio, presentes no muco secretado pelo caramujo, seus hospedeiros intermediários.

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Os principais parasitos que podem ser transmitidos pelo caramujo africano são o Angiostrongylus cantonensis (Meningite Eosinofílica) e o Angiostrongylus costaricensis (Angiostrongilose Abdominal).

Por se uma espécie hermafrodita que faz aproximadamente cinco posturas por ano e em cada postura coloca de 50 a 400 ovos.

No Bairro São José e no Centro de Arcos, além das Avenidas Sanitárias é comum encontrar esses caramujos rastejando, no início e no fim da tarde, sem contar as inúmeras carcaças espalhadas por lotes e passeios.

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Há a necessidade de uma política séria contra esse molusco e o combate ao caramujo africano deve ser intenso através da coleta e destruição tanto dos indivíduos, tanto dos ovos.

Estamos na fase intermediária de um problema que pode e tem a tendência de se tornar ainda mais sério, caso não seja tratado a tempo.

 

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