A Liga para Proteção das Aves (LPO) indicou nessa quinta-feira (21) que o pássaro maçarico-de-bico-fino, um pássaro migratório, está provavelmente extinto. Esse seria o primeiro desaparecimento de uma ave na região abrangendo Europa, Norte da África e Ásia Ocidental desde que existem controles sobre biodiversidade.

Segundo um artigo publicado em 17 de novembro na revista ornitológica IBIS, o maçarico-de-bico-fino, com plumagem clara e bico curvado, não tem sido visto com certeza desde 1995 no Marrocos, apesar das grandes investigações realizadas desde então.

Seguindo as regras da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), ele é considerado extinto com uma probabilidade de 96%, escrevem os autores.

Na última lista vermelha da UICN esta ave estava classificada como em perigo crítico.

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O maçarico-de-bico-fino seria a terceira espécie da região paleártica ocidental a ser declarada extinta desde o início dos monitoramentos naturalistas em 1500, depois do arau-gigante visto pela última vez em 1844 e do ostraceiro-das-canárias, desaparecido por volta de 1940, mas ambos viviam em ilhas, e não no continente.

Embora tenham surgido várias hipóteses para explicar o desaparecimento do maçarico-de-bico-fino — perda de habitat, caça, etc. - é difícil chegar a uma conclusão clara.

“As pressões que levaram à extinção da espécie são, em sua maioria, deduções não comprovadas e talvez nunca sejam compreendidas nem quantificadas”, escrevem os autores do estudo, que consideram “essencial” que se tire lições.

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“Tais extinções são um indicador do fracasso da cooperação internacional na conservação da biodiversidade”, afirmam.