A convite do presidente da Faemg, Roberto Simões, o deputado Antonio Carlos Arantes participou na última terça-feira (22) do lançamento do programa emergencial do Banco do Brasil (BB) para socorrer os produtores com dificuldades em quitar dívidas de financiamento rural.
Participaram da reunião o governador Romeu Zema; a secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini; o secretário de Governo Bilac Pinto; os deputados federais Emidinho Madeira, Diego Andrade e Newton Cardoso, e o deputado estadual Dalmo Ribeiro. Representando o banco compareceram o diretor Marco Túlio Moraes da Costa e o superintendente Ronaldo Alves de Oliveira.
De a cordo com o diretor do BB, os produtores poderão escolher entre pedir a prorrogação da dívida ou a renegociação do saldo devedor. Na primeira opção, a prorrogação está inserida na modalidade de crédito rural.
O produtor tem até 5 anos para pagar com 1 ano de carência. E a primeira parcela seria paga somente em 2021 e a última em 2024. Os encargos são os mesmos contratados anteriormente. Para fazer o custeio da dívida o produtor terá que pagar 20% do saldo devedor e os juros do período. Para pedir a prorrogação é só ir a uma agência e preencher a documentação.
No caso da renegociação de dívidas o produtor fica impedido de operar com o banco enquanto não liquidar 50% do capital negociado. O prazo para pagamento pode chegar a 12 anos, incluídos 3 anos de carência, com encargos que giram em torno de 10% ao ano, mais 0,8% ao mês. Para renegociar é preciso uma entrada no valor de até 5% da dívida.
A diferença entre a prorrogação e a renegociação da dívida é que com a prorrogação o produtor rural continua tendo acesso ao crédito rural. Por isso, o Banco do Brasil orienta a quem tiver condições optar pela prorrogação.
O deputado Arantes considerou positiva as propostas: “O Banco do Brasil concedeu duas oportunidades de negociação. Os produtores ganharão folego, mas ainda não é o ideal. Vamos continuar lutando para proteger os produtores, principalmente os pequenos”, afirmou.
Arantes lembrou ainda que, no caso dos cafeicultores, o melhor mesmo seria aumentar o preço do produto no mercado: “Os cafeicultores precisam, antes de tudo, vender melhor seu café. Só assim conseguirão honrar seus compromissos financeiros. Os preços praticados são incompatíveis com os custos de produção”, destacou.
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