Acredito que um bom par de tênis e livros de boa qualidade devam ser incluídos no rol de “melhores amigos”. Também creio que a verdadeira mudança do mundo ao nosso redor tem de ser iniciada dentro de nós. Tais afirmações são resultantes de uma rápida – mas eficaz – reflexão que pude fazer hoje pela manhã, enquanto praticava minhas atividades físicas.

A corrida de 05 quilômetros, concluída em cravados 24 minutos, me fez resgatar algumas lembranças de uma época em que a superação de limites tornou-se uma realidade. 

Em junho de 2002, quando cursava o 4º período do curso de Jornalismo na PUC, impus a mim mesmo um desafio: perder peso. À época, com vinte e poucos anos, estava pesando 125 quilos e minha pressão arterial era demasiadamente alta para uma pessoa dessa idade.

Decidi tomar providências para resolver o problema, mas estabeleci que seria do meu jeito, pelo caminho mais difícil, sem cirurgia bariátrica e sem medicação. A receita? Atividade física e uma dieta equilibrada, mas para ser mais direto: suar muito e passar fome.

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Após três meses de uma trajetória solitária, abrindo mão de muitos prazeres e convivendo cotidianamente com o sacrifício, fui vitorioso: 30 quilos a menos. A caminhada diária havia se transformado em pequenas corridas e a alimentação regular era uma bela companheira.

Ao longo de um ano, com novos hábitos adquiridos, já havia eliminado 50 quilos, ou seja, de 125 quilos em junho de 2002 fui para 75 quilos em junho de 2003. Com 1,78 metros de altura, alcancei o meu objetivo, considerando que mantenho este peso até hoje.

Durante esses 17 anos nunca mais abandonei as atividades físicas. As caminhadas e as corridas fazem parte de minha rotina. Por vezes, a natação e a musculação também.

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As pistas das ‘avenidas sanitárias’ de Arcos, bem como o ambiente das academias de musculação e ginástica, tornaram-se testemunhas inanimadas dessas idas e vindas, feitas muitas vezes nas madrugadas. Desse modo, entendi que o maior beneficiado com tudo isso sou eu, pois a questão estética é importante, mas a saúde é a prioridade. 

Hoje, mais maduro, resolvi compartilhar esta minha experiência de vida, que, diga-se de passagem, tem foco estritamente educativo, com o intuito de ajudar outras pessoas. Fica a diga: todos podem alcançar o seu propósito, bastando para isso três virtudes indispensáveis na busca do verdadeiro ideal: coragem, disciplina e perseverança.

Em suma, parafraseando o grande Fernando Pessoa, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

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